quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

[...]

É tanta vida, tanto ar, tantas sensações... percebo que a escrita não me permite transcrever tudo que é sentido.
Se torna pequena com tanto que há para expressar. Ou talvez, essa mesma escrita seja muito maior do que eu consigo sentir. Acho que nem Clarice conseguia escrever a par o que queria realmente dizer.
E quem somos para saber o que escrever?
O que sentir?
Realidade essa que estamos vivendo: A busca ela expressão. De AUTO expressão.
É um sensacionalismo próprio. Somos protagonistas do nosso próprio roteiro. Há quem dirija, mas este... quem seria?
Com efeito, somos expressões, 24 horas por dia, horas contadas, sem perder nenhum segundo.
Expressões de seres, praticando o SER.
É neste exato momento que me vejo escrevendo.
Escrevendo...
(?) - Não-sei-o-quê.
Pra que seja claro, para que eu saiba: eu penso.
E no fim, vivo.


[...]

3 comentários:

Unknown disse...

Sempre irá faltar palavras, por mais que tentamos, sempre irá...

E é isso mesmo, um grande sensacionalismo, PRÓPRIO.

;]

Abraços!

cassio.O disse...

"O ser-pra-si não pretende a linguagem; pretende a transa selvagem"

A verdade é sentir as folhas na relva: viver, pois, não ultrapassa o entender?!

Nada mais autêntico que tatear e morder e, a escrita, tão somente, repara: a felicidade mais semelhante..
Bem dito, Milca!

Anônimo disse...

ninguém consegue transcrever com precisão aquilo que sente! ninguém! [...]

ahaaaa! queria eu poder aproveitar 24 horas do meu dia! queria tudo, tudo! mas minhas necessidades biológicas falam mais alto...