quinta-feira, 19 de novembro de 2009

À mão armada

8:40h da noite, sinto alguém tocar no meu ombro e a primeira coisa que vejo é uma arma. Um revolver pra ser mais específica, bem no meu rosto, aquela instrumento de matar gelando a minha bochecha.
“ Passa o celular” veio uma voz por de trás do revolver, eu estática, entreguei o celular. “ Cadê o dinheiro?” Não tinha nada e foi o que respondi. “Volta por onde você tava vindo.

Foi assim, bem rápido. Vi um churrasquinho. Um orelhão. Corri. Pedi socorro. Chorei. Delegacia.

Registrei ocorrência, tudo como deve ser. Seria tranquilo até então. Cheguei na faculdade, passados 15min um telefone toca. "Milca, é pra você".

-Alô?

-Milca, você foi assaltada?

-Mãe? Sim, eu foi assaltada...

-Acharam seu celular e o cara.

Putz. Delegacia de novo. Reconhecimento. Medo. Ele. Delegado. Depoimento. Mil papéis pra assinar. Meia-noite. Casa. Suco de maracujá. Cama.


Agora, saber o que vai acontecer é difícil. O “elemento” (era como chamavam ele na delegacia) tem dois homicídios na ficha mais uma tentativa, além de ser acusado por outros crimes. Tava solto. Espero que fique preso. Meu Deus, que fique.


… Como canta minha querida Ellen Oléria:

“Tem gente boa no mundo isso eu já sei, também vi o lado violento dos que não temem a lei. Tanto faz lei divina, tanto faz lei dos homi não importa por roupa chique ou dar seu sobrenome. A mulherada já sabe o cotidiano da rua anoiteceu sozinha cê não tá segura.”



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