terça-feira, 6 de abril de 2010

Permitir.

E eu, que sempre sensata e cheia de razão, me permito a cometer loucuras.
A principal delas? Amar.
Que sem medo, agora digo que cometo essa loucura com o maior prazer.
Pois o infinito que se abre em mim nunca será explicado por algo chamado razão.
Sinto muito, pois sei que amar pode até não ser plausível nos tempos atuais.
E já que amar tornou-se loucura, me assumo uma desvairada.
Com direito à flores nas mãos e o coração na boca.
Eu disse que iria voar, então eu vou.
Permito-me.
Permito amar e se dar ao mar que é amar.


"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente."
Clarice.

Resto do Post

5 comentários:

Anônimo disse...

EU TE AMO ♥

aline disse...

porque amor é isso.
eu acho pelo menos.
e no final, somos todos incríveis clichês...

clarice termina ou começa qualquer texto muito bem!

-rayane- disse...

Vc ouve os sinos?
sinos de aleluia!
ahh que notícia agradável. Parabéns!
A vida é feita de permissões e delas vc faz o melhor da vida que é adivinha o que? VIVER.
confuso, mas sensato.
só vivemos qnd amamos, fato.
e seja lá o que amamos.
deixo as palavras da lispector:

Doar a si mesmo.
"Tenho lidado com problemas de enxerto de pele, fiquei sabendo que um banco de doação de pele não é viável, pois esta, sendo alheia, não adere por muito tempo à pele do enxertado. É necessário que a pele do paciente seja tirada de outra parte de seu corpo, e em seguida enxertada no lugar necessário. Isto quer dizer que no enxerto há uma doação de si para si mesmo. Esse caso me fez devanear um pouco sobre o número de outros em que a própria pessoa tem que doar a si própria. O que traz solidão, e riqueza, e luta. Cheguei a pensar na bondade que é tipicamente o que se quer receber dos outros – e no entanto às vezes só a bondade que doamos a nós mesmos nos livra da culpa e nos perdoa. E é também, por exemplo, inútil receber a aceitação dos outros, enquanto nós mesmos não nos doamos a auto-aceitação do que somos. Quanto à nossa fraqueza, a parte mais forte nossa é que tem que nos doar ânimo e complacência. E há certas dores que só a nossa própria dor, se for aprofundada, paradoxalmente chega a amenizar. No amor felizmente a riqueza está na doação mútua. O que não significa que não haja luta: É PRECISO SE DOAR O DIREITO DE RECEBER AMOR. Mas lutar é bom. Há dificuldades que só por serem dificuldades já esquentam o nosso sangue, que este felizmente pode ser doado. Lembrei-me de outra doação a si mesmo: o da criação artística. Pois em primeiro lugar por assim dizer tenta-se tirar a própria pele para enxertá-la onde é necessário. Só depois de pegado o enxerto é que vem a doação aos outros. Ou é tudo já misturado, não sei bem, a criação artística é um mistério que me escapa, felizmente. Não quero saber muito."
Clarice Lispector. 15-08-1970 (Quando era cronista do Jornal do Brasil)
http://oladoquentedoser.blogspot.com/2009/12/clarice-lispector-hora-da-estrela.html


Beijas e fico feliz por ler essas palavrinhas do teu blog.
:*

Erica Vittorazzi disse...

Se amar for loucura, nasci muito lelé da cuca. A razão mora longe de mim!!!

Beijos

Aline disse...

nha..o amor é sempre atual..enjoy