Particularmente hoje, me sinto estranha. Talvez eu me
arrependa de escrever bobagens momentâneas aqui, mas parece que existem
assuntos que não há com quem conversar e fica difícil lidar com os pensamentos
rondando e perturbando com frases curtas e doloridas.
Penso que tudo é indolor até que repentinamente aconteça, atingindo
de forma direta. Para os sensíveis (assim como eu) uma mensagem ríspida dói,
uma atitude inconsequente dói, uma conversa rejeitada dói. Pode ser que eu
esteja cansada demais com vida racional que não conseguiria suportar aflições
do coração.
Hoje não dei conversa para minha mãe. Não escutei suas
piadas e seu dia, até fingi que escutava para não magoá-la, mas não sou boa com disfarces
quando preciso deles. Dei pra escutar Lana Del Rey e espero que não crie
rejeição a ela por ser trilha sonora desta noite em particular.
Tem um nó na minha garganta e não sei se preciso chorar, ou
discar um número no telefone. Talvez precise dormir, mas não gosto de cama vazia
e provavelmente a melhor opção seja esperar passar.
Que seja breve.